sexta-feira, 13 de março de 2009

consciousness | man.i(n)festo

Um manifesto de consciência está cada vez mais em desuso, já que estamos cada vez mais no caminho da libertação da mente e de todos os conceitos que nos prendem a esta sociedade fútil e imoral. Quebrar com a barreiras, ir de encontro aos nossos limites é uma das palavras chave desta sociedade do século XXI, aquela que nos ensina a ser diferentes no meio dos iguais…Tentar impor o nosso código genético, será? Já que é aquilo que nos distingue e nos faz ser únicos. Porém, nos nossos dias isso por si só já não conta, não nos faz ser diferentes! Isto para chegar ao dito manifesto consciente da nossa inconsciência, paradoxo? Talvez sim, talvez não…talvez a única coisa certa no meio destes pensamentos será mesmo o paradoxo! Não pretendo um ser diferente pela mancha des(igual) que aparece no meio do todo… o mais difícil é ser-se diferente sendo-se igual. Quebrar barreiras.. será que é isso que te faz a ti um ser livre?? Ou faz de ti um ser mais igual aos outros todos? A mim parece-me muito forçado, demasiado igual ao mesmo. Uma contradição lógica será, de certo, uma das únicas certezas da minha experiência com pessoas e com a sociedade. Não digo que sei o que é certo e errado, nem que tenho toda uma solução para o final feliz, não é isso. Mas se respeitássemos mais a nossa consciência seria tudo mais fácil! Deve ser das poucas coisas que todos nós temos em comum. O serial killer quando tenta fugir à cadeira eléctrica tenta sempre a carta do inconsciente para se manter vivo. O inconsciente não tem noção dos actos, de que maneira iram afectar outras pessoas, nem as consequências que estas implicam. Daí o inconsciente ser dado como um doente. Nos nossos dias ser chamado de inconsciente é um insulto…Pronto, isto para chegar à hipocrisia da sociedade inconsciente, dos conceitos e das formulas perfeitas da lei que ninguém põe em prática no dia a dia, nem nas suas casas. Bando de actores com um sorriso posto que não respeita nada nem ninguém. E ainda chamam aos animais inconscientes? Eles vivem em relativa paz e harmonia, com um ciclo de leis que ninguém implementou.Apenas as deles, e essas, sabem bem segui-las à risca. Matar para viver. Foder para viver. Comer para viver. Não existem abstracções, não existem segundas explicações. Eles agem. Em conformidade com a sua natureza. Isto foi o que consegui escrever. Acho que estou a me tornar confusa e raivosa ao longo do texto. Se te identificares com algumas ideias, ou mesmo um fiozinho continua…si?De qualquer forma nós proclamamos a consciência. Qual é a diferença? Acusamos o instinto? Não. Acusamos o usar o instinto instintivamente… o automatismo deve ser usado conscientemente, com intenção… mesmo que a intenção seja não ter intenção nenhuma… o importante é o agir de. Usa a liberdade de consciência. Admite e responsabiliza-te pelos teus actos. Não sejas hipócrita! Não laves as tuas mãos como Pilatos!! Ao mesmo tempo… não quero um objectivo, um fim… mas quero um “estar” fullofpower… Agir de consciência. Ou não agir, está também correcto se for de consciência.

1. Queremos a consciência como o cenário onde tudo se desenvolve ou anula, onde tudo se cria ou destrói.
2. Queremos o paradoxo em tudo em que produzimos. A definição pela negação ou pela afirmação. Queremos mostrar os dois lados da mesma moeda, no todo, não tomando partidos, apenas mostrar o holograma.
3. Queremos uma atitude activa, mas também a passiva.
4. Percebemos que a sociedade de hoje proclama a liberdade, proclamamos o uso dessa liberdade com consciência de que ela existe para nos manter neutros.
5. Queremos celebrar a consciência como aquilo que nos pode tornar únicos no meio de todos os animais e humanos inferiores.
6. Em suma: não precisas de gritar para te fazer ouvir, basta saberes comunicar...


Consciousness until the starzzz................!

1 comentário: